A Função Estratégica das Áreas Verdes no Contexto Urbano de Belo Horizonte

24 de novembro de 2023
Por Ana Flávia Sousa

Ao caminhar pelas ruas de Belo Horizonte, é impossível não notar como a paisagem urbana tem se transformado. O avanço da cidade, com seus novos edifícios, ruas largas e obras de infraestrutura, trouxe também uma consequência silenciosa: a diminuição drástica das áreas verdes. Árvores foram substituídas por concreto, e o calor — cada vez mais intenso — tornou-se um companheiro constante nos dias mais quentes. Calçadas desprotegidas, ilhas de calor e a escassez de sombra mudaram a forma como vivemos e nos deslocamos pela cidade.

A sensação de desconforto térmico é apenas uma das faces do problema. A ausência de vegetação urbana compromete também nossa saúde, nosso bem-estar e até a maneira como interagimos com o espaço ao nosso redor. As árvores, muitas vezes ignoradas no planejamento urbano, são aliadas fundamentais: reduzem a temperatura do ambiente, melhoram a qualidade do ar, favorecem o escoamento da água da chuva e criam refúgios agradáveis em meio à agitação da cidade.

Mas a pergunta que não quer calar é: o que podemos fazer diante desse cenário?

Cuidar, plantar, proteger

Como cidadãos e parte dessa engrenagem urbana, temos um papel importante nesse processo. Apoiar e participar de ações de plantio de árvores é um primeiro passo. Podemos — e devemos — promover mais verde, seja em calçadas, praças, jardins particulares ou escolas. Também é essencial defender políticas públicas que priorizem a arborização nos projetos urbanos, e participar de iniciativas que promovam o uso consciente e sustentável dos espaços públicos.

As árvores não são apenas elementos decorativos. Elas influenciam diretamente nossa qualidade de vida, tornando ruas mais frescas, parques mais acolhedores e cidades mais saudáveis. Espaços arborizados são também espaços de convívio, lazer e descanso — e sua presença pode transformar bairros inteiros.

Um exemplo vivo: Parque Municipal Américo Renné Giannetti

Felizmente, Belo Horizonte ainda conta com verdadeiros oásis no meio da cidade. O Parque Municipal Américo Renné Giannetti é um desses. Localizado no coração da capital, esse patrimônio ambiental e cultural completou 126 anos em setembro de 2023, sendo parte da história e da rotina de gerações de belo-horizontinos.

Foto: Vander Bras

Projetado no final do século XIX, o parque abriga nascentes, rica biodiversidade, árvores centenárias e uma extensa área verde que faz diferença na temperatura e no ar da região central. Além disso, ele proporciona à população um espaço para caminhar, praticar atividades físicas, encontrar amigos ou simplesmente respirar um pouco de natureza em meio à correria do dia a dia.

Mais do que um ponto turístico ou um espaço de lazer, o Parque Municipal é um lembrete vivo da importância de mantermos e valorizarmos nossas áreas verdes urbanas. Sua existência reforça o quanto é possível, sim, harmonizar cidade e natureza.

Um convite à ação

O verde urbano precisa ser cultivado — literalmente. Plantar uma árvore, cuidar de uma praça, respeitar as áreas verdes públicas e incentivar sua expansão são atitudes simples que fazem grande diferença. Mais do que melhorar o clima e o ambiente, essas ações constroem uma cidade mais acolhedora e preparada para os desafios do futuro.

Belo Horizonte pode ser mais fresca, mais agradável e mais verde — se cada um fizer a sua parte. Afinal, a cidade onde vivemos também é o reflexo do cuidado que temos com ela.

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