Em colaboração com Antonio Matheus.
Se você é gestor, provavelmente já sentiu que o termo ESG (Environmental, Social and Governance) muitas vezes parece um conceito abstrato, cercado de “sopa de letrinhas” e difícil de aplicar na prática do dia a dia empresarial. Durante muito tempo, faltou um norte claro para o mercado brasileiro.
No mais recente episódio do Ecominas Insights, recebemos o especialista Antônio Matheus para discutir a solução para essa dor: a ABNT PR 2030, a primeira norma ESG do Brasil. Mais do que uma diretriz técnica, ela chegou para profissionalizar a gestão da sustentabilidade, tirando o tema do campo das ideias e trazendo para a gestão mensurável.
Neste artigo, detalhamos os principais pontos dessa conversa e explicamos por que adotar essa norma é um diferencial competitivo crucial para o seu negócio.
De forma direta, a ABNT PR 2030 funciona como o primeiro “manual de instruções” brasileiro para o ESG. Lançada no final de 2022, ela é uma Prática Recomendada (PR) criada para orientar empresas de qualquer porte ou setor a incorporarem práticas ambientais, sociais e de governança de forma estruturada.
O “2030” no nome não é coincidência. A norma faz referência direta à Agenda 2030 da ONU e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O grande mérito da norma é “tropicalizar” esses objetivos globais, traduzindo metas como ação climática e inovação para a realidade da gestão empresarial brasileira.
Se a norma não é obrigatória por lei, por que sua empresa deveria investir tempo nisso? A resposta está na estratégia e na competitividade. A PR 2030 é o instrumento que separa o “ESG de verdade” do greenwashing (o discurso vazio de sustentabilidade).
Ao adotar a norma, a empresa garante três vantagens estratégicas claras:
A ABNT PR 2030 é dividida em dois cadernos que funcionam de forma complementar:
A Escala de Maturidade Um dos pontos mais interessantes discutidos no podcast é que a norma não é punitiva. Ela propõe uma escala de maturidade que funciona como um espelho. A empresa identifica se está em um nível “Elementar” ou de “Excelência” e traça um roteiro de evolução.
Muitas empresas confundem a norma com frameworks de relatório, como o GRI (Global Reporting Initiative). Antônio Matheus usa uma analogia perfeita para explicar:
Você usa a PR 2030 para garantir que a casa está em ordem e o GRI para mostrar o resultado dessa organização.
A jornada de implementação segue o ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Checar, Agir), dividido em fases de diagnóstico, planejamento e execução. Contudo, tentar fazer isso sozinho, tratando o ESG apenas como um checklist de uma única área, é um risco.
É aqui que entra o papel da Ecominas. Nossa atuação evoluiu. Com 20 anos de experiência garantindo a conformidade regulatória e a viabilidade de empreendimentos, agora integramos essa expertise à visão estratégica de ESG.
Atuamos como facilitadores e aceleradores desse processo, traduzindo as diretrizes da norma para a realidade do seu setor e garantindo que a sustentabilidade gere valor mensurável, e não apenas custos.
Quer saber por onde começar? O conselho final do nosso convidado é: comece pequeno, mas estruturado. Escolha temas materiais para o seu negócio e use a PR 2030 como seu mapa.
Para ouvir a conversa completa com Antônio Matheus e aprofundar no tema, acesse o episódio no nosso canal do Youtube ou no Spotify. E se sua empresa busca sair da teoria e partir para a prática estratégica, conte com a Ecominas.