Está quente, né? A sensação de calor extremo deixou de ser um fenômeno pontual para se tornar parte da realidade cotidiana em muitas regiões do mundo. A elevação das temperaturas globais está diretamente ligada a dois fatores principais: o avanço do aquecimento global, impulsionado pela emissão contínua de gases de efeito estufa, e a atuação de fenômenos climáticos como o El Niño, que aquece anormalmente as águas do Oceano Pacífico e afeta o clima em escala planetária.
No Brasil, os efeitos desse novo clima são cada vez mais evidentes. O ano de 2023 foi um dos mais quentes já registrados no país, com impactos significativos em todas as regiões. Belo Horizonte, por exemplo, se destacou como a capital brasileira que mais aqueceu naquele ano. Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que, em novembro de 2023, a cidade teve uma elevação de 4,23°C em relação à média histórica para o mês, um recorde que ilustra a gravidade do cenário.
Diante desse panorama, o papel das cidades vai além da adaptação — elas também podem ser vetores de transformação. As práticas urbanas têm o poder de mitigar os efeitos do aquecimento e contribuir para um ambiente mais sustentável e saudável. A seguir, destacamos algumas estratégias fundamentais:

Para que essas soluções se tornem realidade, é fundamental que as políticas públicas de planejamento urbano incorporem estratégias integradas de adaptação e mitigação climática. Isso envolve desde incentivos à infraestrutura verde até a revisão de diretrizes para o uso do solo e o estímulo a modelos de transporte mais sustentáveis.
As cidades do futuro precisam ser projetadas para resistir aos extremos climáticos e ao mesmo tempo oferecer bem-estar aos seus habitantes. Belo Horizonte, ao lado de tantas outras cidades brasileiras, já sente os efeitos do desequilíbrio climático. Cabe agora agir com inteligência e compromisso, adotando práticas que tornem o ambiente urbano mais resiliente e preparado para os desafios que virão.