A construção de uma cidade acessível vai muito além da instalação de rampas ou da demarcação de vagas especiais. De acordo com a norma brasileira de acessibilidade, NBR 9050, acessibilidade é a possibilidade de utilização, com segurança e autonomia, de espaços e equipamentos públicos por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Mais do que adaptar o que já existe, o conceito de design universal tem se consolidado como uma abordagem abrangente e transformadora. Ele propõe que produtos, ambientes e serviços sejam projetados desde o início para atender ao maior número de pessoas possível, considerando diferentes faixas etárias, habilidades físicas e sensoriais.
Os sete princípios que orientam o design universal são:
Ao refletirmos sobre nossas cidades, percebemos que ainda existe uma forte herança de um modelo urbano voltado para os automóveis. Calçadas estreitas e irregulares, ausência de sinalização tátil, travessias mal posicionadas — tudo isso torna a mobilidade urbana um desafio, não apenas para quem tem deficiência, mas para qualquer cidadão: um idoso, uma gestante, uma pessoa com sacolas ou com criança no colo.
Melhorar as condições de acessibilidade é mais do que seguir regras: é repensar os espaços públicos de forma sensível e inclusiva. As normas existem para estabelecer o mínimo. Projetar além disso é uma escolha de empatia e respeito à diversidade.
Apesar dos avanços na legislação e na conscientização sobre acessibilidade urbana desde 2015, os desafios de implementação ainda são significativos. Em muitos casos, o pensamento de que acessibilidade é “para poucos” limita a criatividade e impede soluções mais inclusivas e integradas ao contexto urbano.

É comum associar acessibilidade a estruturas pesadas ou elementos visivelmente adaptativos. No entanto, projetos como o Parque da Amizade, localizado ao lado do Planetário Municipal em Montevideo, no Uruguai, mostram que é possível fazer diferente.
O parque foi projetado com o objetivo de ser totalmente inclusivo — o primeiro do país com essa premissa. O terreno, originalmente em plano inclinado, foi adaptado com a criação de plataformas horizontais, que não apenas facilitaram o acesso, como também criaram barreiras naturais contra o ruído e o tráfego, garantindo mais segurança e conforto.
Outras estratégias adotadas incluem:

Esse tipo de iniciativa transforma a experiência urbana. Em vez de um ambiente excludente, surgem espaços convidativos para brincar, descansar, interagir — verdadeiros refúgios em meio ao ritmo acelerado das cidades.
Com o avanço das tecnologias e o consumo acelerado de dispositivos eletrônicos, cresce também a geração de lixo eletrônico, que vai de televisores antigos a fones de ouvido quebrados. O problema é que esse tipo de resíduo não pode ser descartado junto com o lixo comum, já que muitos de seus componentes contêm substâncias tóxicas, como metais pesados, que contaminam o solo e a água.
Felizmente, Belo Horizonte conta com locais específicos para o descarte correto desses materiais. Confira alguns pontos:
Adotar o descarte responsável é uma atitude simples que contribui para a saúde do meio ambiente e para o aproveitamento de materiais recicláveis. O lixo eletrônico, quando corretamente destinado, pode ser reaproveitado por cooperativas ou empresas especializadas, gerando renda e reduzindo o impacto ambiental.