Reflexões sobre acessibilidade urbana: pensando o futuro das cidades

30 de novembro de 2023
Por Joyce Costa

A construção de uma cidade acessível vai muito além da instalação de rampas ou da demarcação de vagas especiais. De acordo com a norma brasileira de acessibilidade, NBR 9050, acessibilidade é a possibilidade de utilização, com segurança e autonomia, de espaços e equipamentos públicos por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Mais do que adaptar o que já existe, o conceito de design universal tem se consolidado como uma abordagem abrangente e transformadora. Ele propõe que produtos, ambientes e serviços sejam projetados desde o início para atender ao maior número de pessoas possível, considerando diferentes faixas etárias, habilidades físicas e sensoriais.

Os sete princípios que orientam o design universal são:

  1. Uso equitativo
  2. Flexibilidade de uso
  3. Uso simples e intuitivo
  4. Informação perceptível
  5. Tolerância ao erro
  6. Baixo esforço físico
  7. Dimensões e espaços para aproximação e uso

Ao refletirmos sobre nossas cidades, percebemos que ainda existe uma forte herança de um modelo urbano voltado para os automóveis. Calçadas estreitas e irregulares, ausência de sinalização tátil, travessias mal posicionadas — tudo isso torna a mobilidade urbana um desafio, não apenas para quem tem deficiência, mas para qualquer cidadão: um idoso, uma gestante, uma pessoa com sacolas ou com criança no colo.

Melhorar as condições de acessibilidade é mais do que seguir regras: é repensar os espaços públicos de forma sensível e inclusiva. As normas existem para estabelecer o mínimo. Projetar além disso é uma escolha de empatia e respeito à diversidade.

Desafios e inovação na acessibilidade urbana: o Parque da Amizade em Montevideo

Apesar dos avanços na legislação e na conscientização sobre acessibilidade urbana desde 2015, os desafios de implementação ainda são significativos. Em muitos casos, o pensamento de que acessibilidade é “para poucos” limita a criatividade e impede soluções mais inclusivas e integradas ao contexto urbano.

Reprodução: Marcelo Roux

É comum associar acessibilidade a estruturas pesadas ou elementos visivelmente adaptativos. No entanto, projetos como o Parque da Amizade, localizado ao lado do Planetário Municipal em Montevideo, no Uruguai, mostram que é possível fazer diferente.

O parque foi projetado com o objetivo de ser totalmente inclusivo — o primeiro do país com essa premissa. O terreno, originalmente em plano inclinado, foi adaptado com a criação de plataformas horizontais, que não apenas facilitaram o acesso, como também criaram barreiras naturais contra o ruído e o tráfego, garantindo mais segurança e conforto.

Outras estratégias adotadas incluem:

  • Utilização de cores e texturas nos equipamentos para facilitar a identificação tátil e visual;
  • Instalação de banheiros e bebedouros acessíveis;
  • Integração da água como elemento de lazer e contemplação, acessível a todos.
Reprodução: Marcelo Roux

Esse tipo de iniciativa transforma a experiência urbana. Em vez de um ambiente excludente, surgem espaços convidativos para brincar, descansar, interagir — verdadeiros refúgios em meio ao ritmo acelerado das cidades.

Sustentabilidade em ação: o descarte correto de lixo eletrônico

Com o avanço das tecnologias e o consumo acelerado de dispositivos eletrônicos, cresce também a geração de lixo eletrônico, que vai de televisores antigos a fones de ouvido quebrados. O problema é que esse tipo de resíduo não pode ser descartado junto com o lixo comum, já que muitos de seus componentes contêm substâncias tóxicas, como metais pesados, que contaminam o solo e a água.

Felizmente, Belo Horizonte conta com locais específicos para o descarte correto desses materiais. Confira alguns pontos:

  • Prodabel (Empresa de Informática e Informação do Município de BH)
    • Coleta gratuita em domicílio com agendamento prévio
    • Entrega voluntária: Rua José Clemente Pereira, 440 – Bairro Ipiranga
  • Lojas de telefonia
    • Aceitam celulares, carregadores, fones e acessórios similares
  • Unidades da Casas Bahia
    • Algumas lojas recebem lixo eletrônico por meio de entrega voluntária

Adotar o descarte responsável é uma atitude simples que contribui para a saúde do meio ambiente e para o aproveitamento de materiais recicláveis. O lixo eletrônico, quando corretamente destinado, pode ser reaproveitado por cooperativas ou empresas especializadas, gerando renda e reduzindo o impacto ambiental.

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